"Garatuja: uma experiência de formação teatral"
Eugênio Pereira
Eugênio Pereira
Síntese:
O texto escrito por Tadeu Eugenio Pereira, fala sobre o espetáculo “Garatuja”, que foi construído por seu grupo, através de um exercício de liberdade para uma prática cênica de pesquisa de formação e de criação coletivas. No sentido genuíno dessa palavra, sendo esta uma experiência docente de direção teatral da Graduação em Teatro da Escola de Belas Artes da UFMG.
O autor conta, que antes da encenação; leram, releram, estudaram, ouviram e viram diferentes versões literárias, psicológicas, musicais, cênicas e cinematográficas do conto infantil “O Barba Azul”.
Depois de muita pesquisa, optaram por uma dramaturgia em que a narrativa fosse o fio condutor da encenação. Utilizaram como inspiração para o cenário o quadro “A revolução do viaduto”, de Paul Klee. A iluminação deveria criar uma atmosfera mínima onde pudessem jogar com a ela. Os figurinos foram baseados nas roupas dos camponeses dos quadros de Pieter Bruegel. Os objetos foram introduzidos a partir de improvisações e de sugestões trazidas pelos alunos-atores, monitores e professor.
Os alunos do grupo compuseram o quadro sonoro do espetáculo, criando uma “paisagem sonora” cênica. Buscaram rechear a história com sons que ilustravam, compunham ou complementavam a cena, provocando imagens, sensações e situações. Uma vez que é praxe no meio teatral, estarmos mais habituados a buscar a voz, primeiramente, por intermédio do arranjo corporal. Porém neste trabalho não foi o que aconteceu, pois através de um “faz de conta” aconteceu a mobilização e o crescimento como artistas, educadores e aprendizes desta arte cênica.
Comentários:
Logo que escolhi este artigo, imaginei que se tratava sobre o teatro com crianças, porém ao ler percebi que não era sobre este assunto que falava, mas sim sobre a criação e montagem de um espetáculo teatral cujo nome dado era “Garatuja”, que foi desenvolvido por um grupo de atores da Graduação em Teatro da Escola de Belas Artes da UFMG.
A proposta descoberta pelo grupo me interessa de certa forma, pois adoro trabalhos que mecham com a voz, e este espetáculo é um exemplo, pois por meio de exercícios de voz, corpo e ação cênica e algumas imagens, que o grupo se interessando em fazer um espetáculo onde a voz fosse o ponto de partida.
E esta descoberta vocal, que tornou a pesquisa da forma de utilização dela da voz como ponte para a descoberta dos movimentos, do cenário e do mundo lúdico criado pelo grupo tão interessante para mim.
Enfim, após várias pesquisas de sons e formas de falar descobriram que seu espetáculo deveria ter uma dramaturgia narrativa e que esta fosse o que daria foco a encenação.
Sendo assim os atores criaram um “corpo sonoro” da peça, que o autor chama de “paisagem sonora” cênica, onde os sons ilustravam a cena dando vida e levando o expectador a ter sensações e vivenciar coisas novas.
Contudo fiquei muito curiosa e posso destacar que senti necessidade de saber especificadamente os exercícios escolhidos pelo grupo que os levaram ao resultado, pois no artigo não são citados, alem de querer ver o resultado do trabalho.
Por Ana Laura Barros Paiva
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