Sobre o Projeto

O Programa Interinstitucional de Bolsas de Iniciação à docência (PIBID) é um programa do MEC, fomentado pela CAPES para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica. Na UFPel, desde 2010, o curso de Teatro está participando, juntamente com os demais cursos de licenciatura. Atualmente somos um grupo de 12 alun@s do curso de Teatro - Licenciatura da UFPel, bolsistas do PIBID - CAPES/MEC. Desenvolvemos ações específicas da área de teatro e projetos educacionais interdisciplinares, no momento, atuando em quatro escolas públicas parceiras do programa, em Pelotas/RS, orientados pelas professoras/es supervisoras/es das escolas e pelos coordenadores de área.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Síntese do artigo "Criação Dramatúrgica a partir de Jogos Tradicionais"

"Criação Dramatúrgica a partir de Jogos Tradicionais"
Adélia Maria Nicolete Abreu (Adélia Nicolete)


Síntese:

A pesquisa feita por Adélia Nicolete, em A criação dramatúrgica a partir de jogos tradicionais , se baseia em estudos e pesquisas em espaços anárquicos da infância de cada aluno, com pessoas que estão no ensino superior e jamais assistiram ou participaram de uma peça ou vivenciaram uma aula teatral. Todo desenvolvimento das aulas, como jogos, praticas, teorias usadas, etc. estão baseados em jogos tradicionais (ex:batata quente, usado por Adélia) com ênfase em teorias e praticas teatrais, já que todos os alunos pensavam o teatro como uma forma de “talento” e “intuição”, desconhecendo teorias e métodos usados por Adélia.


Adélia interliga cada um dos pontos acima (jogos, praticas e teorias), como uma forma de que a percepção como ator, espectador e cidadão seja despertado em cada um dos seus alunos em suas aulas. A partir dos jogos tradicionais, foi se dando a oportunidade de desenvolver novas dramaturgias, cenas e jogos teatrais. O trabalho dos alunos deveria ter como ponto de partida “espaços anárquicos”, pois assim cada uma teria a liberdade de desenvolver e expressar sua criatividade. A sugestão dada foi usar espaços anárquicos vividos quando criança – o quintal por exemplo, pode ser o depósito das coisas inúteis, seria o ambiente ideal para a transformação e a apropriação de novos sentidos à objetos e papeis sociais.

Os alunos participantes tinham uma pequena rotina. Antes de começar a aula eles discutiam em círculo sobre a aula passada, o que eles esperavam da aula e no final de cada aula, em círculo, era feito uma nova discussão. Adélia deixa claro o fato de que o círculo e a discussão são uma forma pela qual os alunos se olhem, criem uma aproximação e discutam, falando cada um sobre o que achou, que ideia teve, como poderia ser e depois eles fazíamos memoriais, que eram feitos na forma escrita, desenho, fotos, etc. A desinibição dos alunos ao final do curso foi algo emocionante, visto que eles não escreviam, representavam ou falavam de si próprios.

Ao final do curso ficou claro que a ligação e uso dos “espaços anárquicos”, foi essencial a cada aluno, para desenvolver ou melhor para libertar a criatividade. Os alunos necessitavam de um incentivo para explorarem a imaginação. Quando ao final do curso eles receberam os memoriais e a percepção de cada um foi clara, houve uma emoção muito grande e Adélia Nicolete junto aos alunos pode perceber o quanto jogos tradicionais ligados aos espaços anárquicos da infância foram essenciais para aquele grupo


Comentários:


Adelia, nesta experiência, pode pesquisar novas formas de trabalhar com alunos que não se sentiam aptos a subir no palco ou escrever um texto, até mesmo alunos que tinham dificuldades de brincar, o impediam de se expor, ou bloqueavam a exposição, como uma defesa para não serem julgador por espectadores ou colegas de curso. Sendo assim, impedindo o amplo conhecimento dos alunos que estudam para se formarem professores.


O estudo desenvolveu nos alunos uma maneira de se expressar, vivenciar novas experiências, criticar conceitos e reflexões, sem medo ou preocupação de pensar no que o outro vai pensar, até mesmo poder praticar o lúdico de Ada um, usando isso na construção de textos, nas cenas e cenários, etc.

A forma clara que a autora encontrou, foi absurdamente incrível, não digo que será tão precisa em outras pesquisas, porém, nesta sinto que foi uma oportunidade de vivenciar aquilo que, muitas vezes, era tido como tabu.


Vejo que a partir deste experimento, houve uma criação memorável a cada aluno deste curso. Podemos ver que mais do que criação, Adelia, permitiu que barreiras fossem quebradas e experiências de vidas marcadas em casa aluno, uma criação pessoal/grupal, que pode ser lembrada por quem vivenciou e encenada novamente, mas que cada um tem a sua sensação. Experiência esta que não pode ser transferida, mas que outros podem conhecer somente ao ler, pois cada um tem a sua memória de aula guardada, pois casa momento de entusiasmos traz uma disposição infantil e são essas as lembranças que ficam.


Por Joanderson Floriano


Referência:

http://portalabrace.org/memoria/vcongressopedagogia.htm





Um comentário:

  1. Parabéns pelo trabalho e por todo empenho que você e os outros membros realizam nas escolas!
    Abraços

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