OS DIREITOS HUMANOS NA ESCOLA: DIREITO À MEMÓRIA DOS GRUPOS OPRIMIDOS
Palavras-chave:
Interdisciplinaridade, direitos humanos, grupos oprimidos.
O grupo interdisciplinar
“Direito a Memória dos Grupos Oprimidos” desenvolveu suas atividades no
Instituto Estadual de Educação Assis Brasil no período de março até dezembro de
2011. Nossas atividades aconteceram quinzenalmente nos horários das aulas de
Artes e de Relações Humanas. Foram atingidos alunos de uma turma de 1º ano e
uma de 2º ano do Ensino Médio, sempre contando com a presença dos professores
titulares das disciplinas. Nosso objetivo principal foi resgatar a memória dos
grupos que mais tem invisibilidade histórica – mulheres, homossexuais,
afro-brasileiros e população socialmente vulnerável – trazendo-a para a
realidade escolar, construindo com os estudantes a criticidade de que os
opressores são os únicos a possuírem visibilidade positiva na mídia e nos
materiais didáticos. Para embasarmos tal projeto recorremos principalmente aos conceitos
de Memória Social ou Histórica de
Bergson segundo Chauí (2000), de Oprimido
e Opressor de Freire (2005), de Gênero de Scott (1990), de Homossexualidade de Stoller segundo
Grossi (1998), de Classe Social de
Marx segundo Santos (2008) e Sociolinguística
de Monteiro (2008) e Bagno (2007), além dos estudos dos PCN’s de 1997 e do 3º
Plano Nacional de Direitos Humanos de 2010. Para tanto, utilizamos as seguintes
atividades: Coleta de dados; Oficina de sociolinguística; Análise de mídias; Cine-debate; Teatro do
Oprimido; Batucada. As duas
últimas atividades promoveram um maior diálogo entre os discentes, pois quando
estão em cena ou escrevendo uma música, se sentem mais aptos a expressar seus
sentimentos e elaborar reflexões sobre o tema. Consideramos que fomentar a
reflexão a respeito das opressões sofridas na sociedade, além de solidificar os
direitos humanos, também colabora na inclusão desse tema nos currículos
escolares. Nossa expectativa é que a partir deste trabalho, a escola Assis
Brasil construa uma tradição neste debate.
Modo de apresentação: Conversa
Bibliografia:
BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística.
São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
BRASIL. Parâmetros Curriculares
Nacionais. Secretaria de Educação Fundamental – Brasília- MEC / SEF, 1997.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 42. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
MONTEIRO, José Lemos. Para compreender Labov. Petrópolis.
Editora Vozes, 2008.
SANTOS, José Alcides Figueiredo. Classe social e desigualdade de gênero no
Brasil. 2008. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-52582008000200005&lang=pt
Acesso em: maio de 2011.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para a análise histórica. 1990.
Disponível em: http://www.dhnet.org.br/direitos/textos/generodh/gen_categoria.html.
Acesso em: abril de 2011.
GROSSI, Miriam. Identidade
de Gênero e Sexualidade. 1998. Disponível em:
http://www.miriamgrossi.cfh.prof.ufsc.br/pdf/identidade_genero_revisado.pdf
Acesso em: junho de 2011.
BARROS, Graziele
Soares de – Bolsista de Graduação.
LEITE, Vanessa
Caldeira – Coordenadora de Área.
SILVEIRA,
Fabiane Tejada da – Coordenadora de Área
– UFPEL.
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