Sobre o Projeto

O Programa Interinstitucional de Bolsas de Iniciação à docência (PIBID) é um programa do MEC, fomentado pela CAPES para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica. Na UFPel, desde 2010, o curso de Teatro está participando, juntamente com os demais cursos de licenciatura. Atualmente somos um grupo de 12 alun@s do curso de Teatro - Licenciatura da UFPel, bolsistas do PIBID - CAPES/MEC. Desenvolvemos ações específicas da área de teatro e projetos educacionais interdisciplinares, no momento, atuando em quatro escolas públicas parceiras do programa, em Pelotas/RS, orientados pelas professoras/es supervisoras/es das escolas e pelos coordenadores de área.

sábado, 15 de outubro de 2011

COMUNHÃO* - IV Festival de Contadores de Histórias

06/10

Oficina “Daqui acolá, cada um tem uma história pra contar...” com Danilo Furlan

A manhã de quinta começou com uma conversa gostosa sobre contação de histórias. O oficineiro montou todos os personagens de sua história conversando conosco que ficamos maravilhados como uma técnica tão simples pode dar um trabalho tão interessante. Depois este nos contou duas histórias: “A Rainha e o Vento” de Eduardo Bakr e “A Pastorinha de Porcelana” de Hans Christian Andersen. Conversamos sobre detalhes na hora da contação, como o olhar, o manuseio dos objetos e o significado dos objetos na imaginação da criança. Ele nos explicou a diferença entre objetos simples e objetos compostos para a contação, sendo objetos simples aqueles que não possuem nenhum tipo de transformação ou alteração (que não tenham sido compostos por nada). Nos disse a importância das pausas no momento da contação e do curto tempo de uma história, posto que todo ouvinte deve ao final da contação se lembrar do começo meio e fim da história. Por fim nós montamos nossos bonecos de revista e fita crepe. Fiquei encantada com a criatividade das minhas colegas de oficina, foi realmente uma ótima experiência. Danilo também nos mostrou diversas maneiras de fazer a contação com esses objetos, como a maneira de fazer com que andem, ou como se movimentam.




Oficina Mamulengos de Dobradura com Francisco Gilson

Se de manhã eu tinha saído com uma energia leve e tido a impressão de ter tido uma conversa, de tarde eu saí quase voando e tive a certeza de ter colhido muita experiência das minhas colegas de oficina. De forma divertida e prazerosa passei a tarde ouvindo histórias, que se confundiam entre a realidade e a ficção, e confeccionando lindos bonecos de dobradura. Mais uma vez fiquei impressionada com a criatividade de minhas colegas. Nessa oficina consegui colher mais elementos para a minha contação e boas amizades.



07/10

Maratona de Histórias Infantis com a história “Minha mãe é um problema...” com Aline da Luz e Graziele Barros.

A contação de histórias foi tranquila. Assistimos nossos colegas contadores que se apresentavam antes de nós e depois fomos à frente para contar. O público em sua maioria de crianças não eram muito pequenos, acredito que já deveriam ter seus 10 anos. Como já era esperado por não serem tão pequenos não interagiram tanto, mas gostaram da história e ficaram bastante atentos. Ao final comeram os docinhos azedinhos que a bruxinha tinha feito.



Oficina Musicalização de poemas e abstração de objetos para contação de histórias com Cleo Cavalcantty e Caroline Casagrande da Cia. Girolê

Esta oficina teve um caráter mais prático-corporal, o que pra mim foi uma alegria. Começamos com uma dinâmica de apresentação de movimentos e nomes, foi divertidíssimo para nos entrosarmos melhor e nos conhecermos. Depois fizemos exercícios de improvisação com contação, achei interessante como um dia comum de nossas vidas pode se tornar um lindo conto na improvisação. Depois de duas ou três dinâmicas de improvisação da contação, fizemos um exercício de musicalização e abstração de objetos: misturando letrinhas inventamos palavras e demos um ritmo a elas, depois com a ajuda de um ou dois objetos fizemos uma pequena cena improvisada dando outro significado ao objeto. Acho que o mais interessante dessas dinâmicas é que apesar de eu já ter feito outras parecidas com essas, nunca tinha reparado como elas podem me auxiliar na contação. Por último cada dupla musicou o mesmo poema, mas cada uma de jeitos diferentes. Antes da oficina tinha receio de misturar música com contação, posto que não tenho nenhum conhecimento aprofundado em música, mas essa oficina fez parecer tão fácil que quando eu menos esperei já tinha feito.



08/10

Oficina Contar com o outro: uma história para dois com Celso Sisto

A oficina começou com um relaxamento. Depois formamos duplas que trabalharíamos o resto da oficina. Fizemos dinâmicas para nos conhecermos e para criarmos uma sintonia e confiança um no outro. Depois escolhemos uma história e trabalhamos nela para uma contação em duplas. A minha dupla era uma senhora da 3ª idade e tinha algumas dificuldades para ouvir. Foi um desafio, pois ela tem outro ritmo de contação. Conversamos muito e acredito que a palavra chave para nossa contação foi aceitação. Eu ouvi o que ela tinha pra me acrescentar e ela também me ouviu. Nossos colegas gostaram muito de nossa apresentação e o Celso me presenteou com um de seus livros “Mas eu não sou lobisomem”.



Foi um evento realmente enriquecedor. Sai de Porto Alegre com a certeza de ter acumulado conhecimento e amizades para toda a vida. Nesse relatório quero também expor que fomos muito bem recebidos pela organização do evento, e que foi realmente gratificante ter participado desse festival.





*Obs.: No final da oficina de Musicalização, a oficineira Cleo Cavalcantty sintetizou a nossa tarde com a palavra comunhão, mas eu acredito que essa palavra sintetiza todo esse evento.

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