Quarta-feira 28 de setembro de 2011
Nesta data tivemos no Auditório do CEARTE a segunda palestra
intitulada: “Teatro do Oprimido: considerações sobre um Boal “teatro-pedagogo”,
que faz parte da programação do ciclo. A Professora/doutora Silvia Balestreri
Nunes que palestrou é atualmente coordenadora do Programa de Pós-Graduação em
Artes Cênicas da UFRGS, possui graduação nos cursos Bacharelado em Psicologia e
Formação de Psicólogo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Silvia trabalha
com oteatro do oprimido em disciplina, pesquisa e estágio. Participou do Plano Piloto da Fábrica de Teatro Popular e da primeira formação do CTO-Rio.
Silvia introduziu sua fala esboçando algumas atividades da
sua trajetória com o Teatro do Oprimido e características desta trajetória que
vem desde 1985 como atriz e curinga no CTO-Rio.
Logo ela sugeriu que nos separássemos em grupos, e que
alguns com alguma experiência em TO ficassem com outros que não tinham e se formasse
grupos com intuito de levantar dúvidas baseadas em duas perguntas: 1. O que
sabem do TO e dos termos Curinga? 2. O que gostaríamos de conversar naquele
momento?
Os grupos foram divididos e logo formaram novos grupos, e
assim sucessivamente iríamos passando o que escutávamos no grupo anterior, ou
seja, montamos grupos de fofocas (como ela mesma intitulou) para disseminar ali
informações e dúvidas sobre esta prática do Teatro do Oprimido.
Surgiram muitas informações e também dúvidas, passadas de
grupo a grupo onde reunimos todas no final para debatermos, as principais
foram:
- Se é visto algum tipo de transformação para quem já
trabalha com o TO?
- A diferença do Teatro Invisível para um teatro de pesquisa
sem base, ou seja, quando existe e como distinguimos a ética nesta modalidade?
- Quais as diferenças entre a teoria e a prática no Teatro
Fórum?
Baseados então nestas questões, o grupo começou a debater
coletivamente trocando experiências com informações.
Silvia informa que existem três ou quatro questões para se
ter um bom Fórum e que elas cabem praticamente ao curinga, pois é ele quem tem que conduzir com qualidade e muita
sensibilidade o trabalho, ele tratará e desenvolverá o tema e os problemas de
opressão apresentados por cada um. Segunda questão é o que se quer? Logo ele
pergunta: o que atrapalha vocês de conseguirem e quais são as saídas que serão
colocadas para o tema levantado. É
importante que o curinga entenda essas saídas, mas também questione aonde se
quer chegar. A função é deixar de ser necessário, orientar para o caminho da
autonomia.
Este artigo
pode ser visto na íntegra em: http://tocoufpel.blogspot.com/2011/10/3-ou-4-perguntas-para-um-bom-forum.html
Também se
falou da dificuldade e algumas práticas em trabalhar com o TO envolvendo
crianças que já sofreram maus tratos e/ou violência sexual. Silvia indicou o
autor Hélio Júnior da Rocha de Lima com o livro Pedagogia de um Teatro Popular,
disponível em http://www.cedecacasarenascer.org/Publicacoes/Livros/pedagogiadoteatropopular.pdf.
Para encerrar
Silvia faz um convite para o evento que acontecerá no dia 16 de outubro, no
Teatro de Arena de Porto Alegre, uma homenagem aos 80 anos de Augusto Boal. A
primeira atividade do evento começa na parte da tarde e será um encontro de curingas,
praticantes do Teatro do Oprimido e demais interessados. Depois a Tribo de Atuadores Oi Nóis Aqui Traveiz dedicará a Augusto
Boal a apresentação do espetáculo de rua O Amargo Santo da Purificação no
Parque Farroupilha, voltando para o teatro de Arena terá Boal-e-Nós,
boais-em-nós: apresentações artísticas, depoimentos e comentários afetivos
sobre o legado de Augusto Boal.
Nesta última atividade terá a
apresentação da colega Pibidiana Lucia Berndt homenageando A. Boal com uma cena
curta e adaptada da peça “Arena Conta Zumbi” chamada “Mão Livre”.
Lucia Berndt
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