Sobre o Projeto

O Programa Interinstitucional de Bolsas de Iniciação à docência (PIBID) é um programa do MEC, fomentado pela CAPES para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica. Na UFPel, desde 2010, o curso de Teatro está participando, juntamente com os demais cursos de licenciatura. Atualmente somos um grupo de 12 alun@s do curso de Teatro - Licenciatura da UFPel, bolsistas do PIBID - CAPES/MEC. Desenvolvemos ações específicas da área de teatro e projetos educacionais interdisciplinares, no momento, atuando em quatro escolas públicas parceiras do programa, em Pelotas/RS, orientados pelas professoras/es supervisoras/es das escolas e pelos coordenadores de área.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Relatório Hora do Conto – Instituto Estadual de Educação Assis Brasil

Dando seqüência ao nosso trabalho contamos a história “A Menina Que Desenhava”, de Márcia Hazin no dia 02 de junho para relacionar com o dia do meio ambiente, 05 de junho. Para diferenciar a contação utilizamos um mural da seguinte forma: uma de nós contava a história, a outra desenhava imagens citadas na história, como se pintasse um grande quadro. Optamos por esta prática porque no enredo da história Isabela decide desenhar os lugares que ela mais gosta da sua cidade. O parque, o lago, por exemplo. Em seguida conversamos um pouco com as crianças sobre a preservação do meio ambiente.  Falamos da importância de cuidarmos do lugar onde moramos. Questionamos como cuidar da nossa casa, escola e da nossa cidade.
No geral as três turmas responderam de forma satisfatória à história também à conversa. Levantaram questões importantes destaque para lixo e  poluição.
Como atividade prática, pedimos que os alunos confeccionassem um “pirulito” de cartolina com palito de sorvete com algum personagem ou momento da história. Queriam confeccionar vários “pirulitos” e refazer a contação da história com seus “pirulitos” apresentá-la para os colegas. Pensamos nesta atividade porque o dia em que fizemos teatro de sombras despertou muito interesse.
Mas, como nosso tempo é curto, puderam levar para casa o material feito de artesanalmente pelos próprios alunos, assim contarão a história para quem quiserem.
No dia 09 de junho trabalhamos a fábula “De bem com a vida”, de Nye Ribeiro. Levamos para a contação um “teatro de bonecos”. Na verdade não tínhamos bonecos. Então, construímos os personagens com “pirulitos” e alguns objetos que apareciam na fábula. Para a apresentação utilizamos a estrutura da casinha de fantoches. Assim, enquanto uma contava, a outra “mostrava”. Com movimentos simples de ir e vir, naquela “janela mágica”, os personagens interagiram.
A atividade prática proposta para esta semana, foi uma disputa de mímicas. Dividimos cada turma em dois times. As mímicas deveriam ser feitas sobre os personagens ou sobre alguma cena da história. A proposta era incentivá-los a fazer imitações as mais perfeitas possíveis. Propomos uma pontuação para os que acertassem a mímica e para as boas mímicas. Assim, deveriam realizar uma ação entendível, compreensível para o grupo adversário. Neste dia as crianças estavam bastante agitadas, mas no geral participaram da atividade com gosto, ouviram a história e comentaram sobre ela queriam continuar com a brincadeira .
Na turma 43 tivemos duas surpresas.  Uma menina fez diversas intervenções na história, tentou adivinhar, antecipar algumas partes durante a contação.  A fábula bem repetitiva e previsível favorecia e algumas vezes acertou  o que iria acontecer.   Notamos que outra aluna que normalmente não participa muito surpreendeu. Demonstrou superar a intimidação que sente dos colegas. Repetiu a atividade que não havia feito até o final, apesar da reclamação de alguns da turma. Explicamos que da primeira vez ela não havia conseguido finalizar a atividade porque foi cortada pelas próprias colegas de grupo. Permitimos que apresentasse outra mímica.
No geral ambas as turmas gostaram da atividade, lamentando o final do nosso horário.
Nas três semanas seguintes não tivemos atividade. Na primeira semana as turmas estavam com estagiárias na sala de aula. A coordenação da escola adiou a hora do conto para não atrapalhar a orientação do estágio. Tivemos um feriado na quinta-feira. Na semana seguinte a escola ofereceu atividade às turmas adiando nossa atividade mais uma vez.
Dia 07 de julho encerramos as atividades do semestre com a seguinte proposta, a criação de uma história. Não levamos nenhuma história criamos uma coletivamente. Nossa idéia partiu da necessidade do desejo criar. Assim, os alunos criaram e encenaram suas histórias. A atividade aconteceu antes do horário habitual porque o circo visitou a escola. Durou 30minh sem intervalo.  Para a encenação das histórias, dividimos as turmas em dois grupos. Na turma 41 apenas um dos grupos conseguiu se organizar para encenar. Os alunos estavam irrequietos com dificuldades de organização fato que atrapalhou um pouco as apresentações.  Contudo, na turma 42 os dois grupos se organizaram e encenaram. Tímidos e bem ruidosos os meninos foram os primeiros a apresentar. Depois falaram e interferiram na apresentação das meninas. Percebemos que o nosso tempo era muito curto para esse trabalho. Também que as três semanas consecutivas sem hora do conto atrapalharam o andamento das atividades e causaram agitação nas três turmas. Então, a turma 43 criou a história seguida um bate papo.  Ao final de cada período nós conversamos com as turmas. Relembramos os momentos que passamos juntos, para investigar quais marcaram e por que.  Muitos lembravam detalhes das histórias contadas e atividades. Por exemplo: o doutor gago de “Quem Matou Honorato, o Rato?” Citaram também o dia que desenharam a história da “Menina Bonita do Laço de Fita”, o dia da mímica e da história da Joaninha “De Bem com a Vida”. Ficamos felizes e surpresas.
Durante a conversa salientamos quão prazeroso é contar ou inventar histórias. Incentivamos que contem e joguem nossas brincadeiras fora da escola com amigos e colegas. Foi uma conversa muito prazerosa para nós.  Acreditamos que para as crianças também. Ao final a professora responsável pela biblioteca, Ana Paula, pediu aos alunos uma salva de palmas pelo trabalho.
Oferecemos uma pesquisa para as professoras responsáveis pelas turmas e Ana Paula, professora responsável pela biblioteca. O objetivo é saber suas impressões, sugestões sobre a atividade que desenvolvemos durante o semestre. Nem todas conseguiram entregá-la a tempo. As professoras Carla Dias e Cristiane, responsáveis pelas turmas 41 e 43 respectivamente, e a Ana Paula, a bibliotecária, concordam que a atividade é importante. Deve seguir porque incentiva a leitura estimula a criatividade. Perceberam que os alunos relacionam as historias ao ensino de ciências e estudos sociais, além de voltarem para a sala contentes e com muitos comentários.  Ana Paula acompanhou todos os encontros. Relaciona o trabalho como estímulo aos conceitos de participação, solidariedade, respeito e auto-estima enquanto que, a professora da turma 43 não percebeu mudança. 

Conclusão

No fim do semestre aprendemos muito com as três turmas que trabalhamos. Apesar da dificuldade de conseguir atenção e concentração na história e atividades propostas logo de no inicio, envolvemos nossas seções de contação de historia com o fazer teatral. Relacionamos a facilidade de dispersão à disposição dos alunos no tapete sentados nas almofadas. Ficam mais próximos diferentes da sala de aula. Optar em realizar a contação de história na biblioteca infantil proporcionou o contato com os livros entre outros objetos da biblioteca como as almofadas.
Assim que, com o passar dos encontros fomos conquistando a confiança e o carisma das crianças. Contornamos com conversas algumas situações, visto que a atividade é prazerosa. Também os conhecendo melhor percebemos o que funcionava e o que deixava de funcionar com cada turma. A identidade de cada uma dela. As diferenças de relações, como se relacionavam entre si, às vezes com agressividade, e conosco. Talvez esses problemas sejam ocasionados por alguma falta em casa. Pois a busca de atenção nos faz pensar que não há outro espaço onde são ouvidas. Observamos durante as atividades em grupo e com o colega que a maioria fica envergonhada, com medo de errar e que não gostam de se exporem. Mas, com o trabalho lúdico/teatral aos poucos estamos conseguindo deixá-los mais livres de maneira com que todos participassem. Deixamos claro que para nós não existe certo nem errado tudo é uma grande brincadeira, estamos para nos divertirmos.
Com certeza, esta foi uma atividade bastante gratificante para nós. Além de, lidarmos diretamente com a realidade escolar dos professores nos proporcionou experimentar um trabalho que relaciona a literatura e o teatro conceitos que não estão sendo aprendidos na faculdade nesse mesmo momento.

Aline Luz
Graziele Barros

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