A oficina na qual me inscrevi no evento de Montenegro se chamou Metamorfose e tinha como objetivo propor uma reflexão sobre a idéia de transformação e mudança intrínseca ao fazer teatral. Abordando o conhecimento de trabalhos de alguns artistas e a experimentação de exercícios de prática teatral. Transformar a ação: peripécia, ação física e ação dramática. Enfocava também: transformar a palavra - voz e texto; transformar o espaço: imagens; apreciação de registro de trabalhos de diversos artistas em vídeo e fotografia. As pessoas que participaram desta oficina na sua grande maioria não eram alunos de teatro, mas sim, professores de outras áreas da arte educação, buscando no teatro maneiras de interagir entre as diferentes maneiras de fazer arte, seja as artes visuais, a música, a dança etc. ou porque simplesmente gostariam de experimentar os jogos e as técnicas teatrais. E ali foi possível viver experiências muito intensas num curto período de tempo. Ficou claro o comprometimento e a disponibilidade de todos que se entregaram a oficina e na discussão, e as contribuições de experiências sobre o papel do teatro na aprendizagem, no desenvolvimento e no protagonismo da criança e adolescente. Porque num certo momento éramos todos artistas, com um objetivo em comum, viver o fazer teatral. Não perguntei ao Prof. Carlos Roberto Mödinger, que foi o oficineiro, se ele quando pensou o nome para sua oficina, levou em contametamorfose no âmbito pessoal dos integrantes da oficina, depois fiquei pensando isso, nas mudanças que uma oficina de teatro pode fazer na vida de uma pessoa, principalmente em um educador, mas assim como eu que já estou acostumada a participar de oficinas, saí com um acréscimo nos meus conhecimentos, os professores das outras áreas das artes que passaram por esta experiência com certeza também saíram satisfeitos e felizes.
Ana Alice Müller Andrade
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